Governo Requião avalia os erros e os acertos

Sob o comando do vice-governador Orlando Pessuti (PMDB), e sem a participação do governador Roberto Requião (PMDB), o primeiro escalão do governo se reuniu anteontem à noite no Palácio Iguaçu para fazer um balanço do que está dando errado no governo e deve ser corrigido para não atrapalhar a sucessão estadual no próximo ano.

De acordo com as várias versões sobre o encontro, foi uma reunião de trabalho que apontou falta de articulação política entre a administração peemedebista e o partido, sobretudo no interior, e ainda a necessidade de melhorar o fluxo de comunicação com a sociedade sobre a atuação do governo.

O líder do governo na Assembléia Legislativa, deputado Dobrandino da Silva, o líder da bancada estadual do PMDB, Antônio Anibelli, e o deputado Alexandre Curi participaram como convidados da reunião. Dobrandino disse que é urgente para o governo criar a função de coordenador político para ser exercida por alguém que possa se dedicar somente a fazer a mediação entre o governo, deputados da base aliada e os núcleos do governo no interior do Estado. E de preferência que não seja candidato nas eleições do próximo ano, assinalou Dobrandino. Conforme Dobrandino, o governador concordou em chamar um colaborador somente para se ocupar da coordenação política do seu governo.

A avaliação é que ao fundir a Casa Civil com secretaria do governo, Requião sobrecarregou a pasta, centralizou as decisões no secretário Caíto Quintana, e deixou a articulação política a descoberto. "A Casa Civil está sobrecarregada. Nós estamos percorrendo o Estado e o partido está reclamando do comportamento político do governo. Nós precisamos de uma coordenação para aparar as arestas", afirmou o presidente do PMDB. Para Dobrandino, o encontro de anteontem foi um "bom começo" de discussão, mas que deveria ter sido convocado antes.

Sem norte

O deputado Antônio Anibelli disse que a reunião serviu para que cada um expressasse o que estava pensando e que nem por isso houve qualquer tipo de constrangimento. Anibelli negou que o secretário da Casa Civil, Caíto Quintana, tenha se retirado da conversa logo no início. "Foi uma reunião de trabalho para identificar falhas e fazer ajustes. Foi uma reunião de trabalho em função da reeleição. Está faltando um norte político entre a administração e o partido", afirmou o líder da bancada peemedebista.

O vice-líder do governo, Mário Bradock, não participou desta reunião, mas disse que já esteve num primeiro encontro, realizado durante a viagem de Requião à China, e que os problemas já haviam sido identificados. "A Casa Civil é o pára-choque do ônibus e precisa haver mudanças. Na primeira reunião, nós alinhávamos algumas ãreas de atuação que estão precisando de mais divulgação. A conclusão é que estamos fazendo um bom governo, mas não estamos conseguindo vender nosso peixe", disse Bradock. 

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