O governo do Estado está pedindo autorização à Assembléia Legislativa para criar 182 cargos em comissão para a Secretaria de Saúde. São 77 novos cargos e outros 105 que serão remanejados e já existiam na Secretaria.
Em sua maioria, os novos cargos são destinados a diretores e chefes de núcleos de dezesseis hospitais que estão sendo construídos e que o governo pretende inaugurar nos próximos meses, conforme explica a mensagem encaminhada na semana passada aos deputados estaduais.
Hoje, durante audiência com o secretário da Saúde, Gilberto Martin, na Comissão de Saúde, a oposição pretende questioná-lo sobre os cargos. O deputado Elio Rusch (DEM) disse que o governo tem cargos de confiança disponíveis para estruturar os hospitais. ?Não há necessidade de criar mais nenhum cargo?, disse Rusch, observando que vários órgãos públicos como a Serlopar, foram extintos no mandato anterior do governador Roberto Requião (PMDB) e que os cargos remanescentes foram transferidos para a Casa Civil e permanecem em aberto.
Na mensagem que será examinada na reunião de hoje, 25, da Comissão de Constituição e Justiça, o demonstrativo de impacto financeiro informa que os cargos vão representar um aumento de R$ 3,4 milhões à folha de pagamento da Secretaria de Saúde, em 2008. Mensalmente, a despesa será de R$ 382,6 mil. O governo estima ainda gastos de R$ 5,2 milhões em 2009 e outros R$ 5,4 milhões em 2010.
Conforme o demonstrativo da Secretaria de Planejamento, os cargos DAS – 4, de diretor geral de Hospital Porte I e II terão uma remuneração de R$ 3,7 mil mensais. Já o salário para o chefe de núcleo de hospital Porte I será de R$ 1,2 mil. Os cargos vão atender a hospitais em Curitiba, Piraquara, Paranavaí, Londrina, Campo Largo, Ponta Grossa, Guaraqueçaba e Francisco Beltrão.