O líder do governo do Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), afirmou nesta terça-feira, 20, que, mesmo ressaltando que a prioridade é a aprovação da volta da CPMF no Congresso, o Executivo poderá lançar mão de alternativas de arrecadação – como a Cide – para manter o programa Bolsa Família.

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O relator-geral do Orçamento de 2016, deputado Ricardo Barros (PP-PR), tem defendido um corte de R$ 10 bilhões nos R$ 28,8 bilhões previstos no programa para equilibrar as contas públicas. “Quero registrar, vamos focar a CPMF, mas essas outras alternativas podem eventualmente atender e a vantagem da Cide é que não passaria pelo congresso. Isso estou dizendo como senador da república. Temos que batalhar fortemente para aprovar a CPMF”, disse.

Para Delcídio, o Bolsa Família – que completa amanhã 12 anos – é um programa “absolutamente prioritário” para o governo. Segundo ele, o Executivo tem se colocado de maneira muito clara a se preservar os investimentos dos programas sociais. O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), afirmou que o relator pode até apresentar o corte no Bolsa Família, mas é o Congresso que decidirá sobre sua adoção. “Eu acho muito difícil que o Congresso Nacional aprove uma medida como essa. E o governo se contrapõe a esse corte”, avaliou.

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