A gestão de Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) autorizou, na última quarta-feira (9), a formalização de um acordo de cooperação entre a Secretaria da Educação (Seed) e a Fundação Lemann. O objetivo, segundo o despacho publicado no Diário Oficial, é “unir esforços para o desenvolvimento do programa ‘Gestão Pública’”, que tem vigência de um ano. Ainda de acordo com o despacho, o plano de trabalho não inclui qualquer repasse de recursos financeiros entre os participantes.

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Em seu site, a Fundação Lemann divulgou a formalização do apoio. Segundo o texto publicado, a entidade irá auxiliar o estado a realizar uma pré-seleção para os 32 chefes dos núcleos regionais de educação no Paraná. “O objetivo é garantir que os profissionais mais qualificados ocupem essas vagas”, diz a publicação. Ainda segundo o texto, o Executivo estadual segue tendo total autonomia diante do processo seletivo.

A reportagem tentou obter mais informações a respeito do processo seletivo com a Seed e com a própria Fundação, mas não obteve retorno até o fechamento do texto.

Medida é considerada positiva

De acordo com o presidente da APP-Sindicato, a medida é considerada positiva já que, anteriormente, os cargos eram distribuídos de forma política. “Entendemos que é importante que os núcleos sejam chefiados por pessoas que trabalhem com educação. Da forma como vinha ocorrendo, muitos dos indicados não conheciam a realidade da categoria”, afirma Hermes Leão. O sindicato, entretanto, também não teve acesso aos critérios de seleção – e, por isso, não pode opinar sobre “o conjunto da proposta”.

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Além disso, Hermes faz uma ressalva. “Sempre defendemos que esse tipo de trabalho seja realizado com universidades públicas, que têm laboratórios de pesquisa em vários campos do conhecimento, e não por entidades privadas”, critica.

Distribuição de aulas também irá mudar

Outra mudança anunciada pela Seed essa semana diz respeito à distribuição de aulas para os docentes do ensino estadual. Pela nova regra, as aulas de 2020 serão distribuídas ainda em 2019 – e não somente no ano que vem, como tem sido feito pela Seed.

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O secretário de Educação e Esporte, Renato Feder, disse, em reunião com representantes da APP-Sindicato e com o deputado estadual Professor Lemos (PT), que aulas residuais poderão ser redistribuídas no início do ano letivo.

“Faremos a distribuição antes do final do ano, para que o professor já saia de férias sabendo como será o seu ano seguinte”, explicou.

O presidente da APP diz que esta era uma reivindicação da categoria, mas que outras pautas ainda estão em discussão com o governo quanto à distribuição de aulas. Entre elas estão a forma de classificação dos professores – que hoje, segundo o sindicato, penaliza os que tiraram licenças até para tratamento de saúde – e a questão da hora-atividade.

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