Ainda não há certeza de reajuste, mas depois de três anos sem reposição inflacionária os servidores estaduais consideraram um avanço a decisão de formar uma comissão para discutir, com o governo do Paraná, a possibilidade de data-base do funcionalismo.
+ Fique esperto! Perdeu as últimas notícias sobre segurança, esportes, celebridades e o resumo das novelas? Clique agora e se atualize com a Tribuna do Paraná!
A medida foi anunciada nesta segunda-feira (29), depois que o governador em exercício, Darci Piana, recebeu um grupo de servidores. O vice-governador assumiu o cargo na ausência de Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), que esteve em viagem oficial à China e passou, na volta, por Brasília.
Piana atendeu a representantes dos servidores enquanto manifestantes faziam um protesto em frente ao Palácio Iguaçu, para marcar o aniversário da Batalha do Centro Cívico, ocorrida em 29 de abril de 2015. Há exatos quatro anos, a repressão policial a uma manifestação de servidores que não concordavam com mudanças no regime previdenciário estadual – o ParanáPrevidência – terminou em tumulto. Cerca de 200 pessoas ficaram feridas.
Nova fase
Montar uma comissão para debater a data-base não é necessariamente uma novidade. Em anos anteriores, a mesma medida havia sido tomada, como forma de mostrar que o diálogo estava aberto. Mas, na prática, apesar das conversas, nos anos de 2017 e 2018, não houve reposição inflacionária. Mesmo postura semelhante já tenha ocorrido em anos anteriores, a medida foi vista como um avanço, um primeiro passo, pelos servidores, tendo em vista que a gestão Ratinho Junior havia sinalizado que não tinha chance alguma de conceder reajuste.
Marlei Fernandes, representante sindical, saiu esperançosa da reunião com Darci Piana. A categoria pede, considerando as perdas acumuladas nos últimos anos, 17% de reajuste, mas Darci Piana já declarou que isso está fora de cogitação. A comissão deve ser composta a partir desta terça-feira (30) e iniciar um debate em busca de soluções que sejam interessantes para a gestão e também para o funcionalismo.
Professores relembram ‘confrontos’ com a polícia em mais uma manifestação de 29 de abril