O vice-presidente Michel Temer afirmou nesta quinta-feira, em ato de campanha para empresários do setor ferroviário, que “aos poucos o Brasil está sendo colocado nos trilhos” ao se referir ao governo da presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff. “O governo está investindo em novos modais de transporte”, disse.

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Temer destacou investimento do governo federal em ferrovia, afirmando que os aportes saltaram de R$ 107 milhões, em 2004, para 2,708 bilhões em 2013. “O Brasil tem pressa. Aliás, não foi outra razão pela qual a presidente Dilma lançou o PIL (Programa de Investimento em Logística), área que estava esquecida nas últimas décadas”, afirmou. “Estamos corrigindo a opção que se fez no passado que era apenas pelas rodovias.”

O vice defendeu a parceria do governo com a iniciativa privada, sugerindo que não há necessidade de medo em investir no País. “Parceria com empresários tem se mostrado o caminho certo para o fortalecimento da economia brasileira.”

Concessões

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Temer rebateu críticas de que o governo Dilma tem centralizado os investimentos nas mãos do Estado, afastando o setor privado de aportes em infraestrutura. “Pelo menos nos seis maiores aeroportos do País fizemos concessões, chamamento da iniciativa privada é uma constante do nosso sistema, estou dizendo isso pra deixar claro que muitas vezes as notícias um pouco equivocadas tentam revelar centralização estatal, quando, ao contrário, o que estamos fazendo é descentralização estatal”, disse.

O vice-presidente afirmou a uma plateia de empresários reunidos no seminário “Brasil nos Trilhos”, da Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos) e a Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF) que eles não precisam temer o governo. “O governo não tem nada contra empresário”, disse. “Não temam investir no Brasil, porque ainda há muito o que fazer.”

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Marina

Temer também disse que a candidatura de Marina Silva (PSB) à Presidência da República exige “respeito”, mas minimizou a preocupação do Palácio do Planalto em enfrentá-la num eventual segundo turno, rompendo, assim, com a tradicional polarização entre PT e PSDB.

Questionado se existe preocupação com Marina, que aparece em situação de empate técnico com a candidata do PT à reeleição, Dilma Rousseff, nas simulações de segundo turno, Temer respondeu: “(Esse cenário) Exige um respeito pela candidatura dela, como há respeito por todos os demais candidatos. A nossa preocupação é ganhar a eleição, só isso.”

Na avaliação do vice-presidente, “eleição é cheia de surpresas” e “imprevisível”. “Quem é que poderia esperar esse infausto acontecimento que foi a morte dessa figura preciosa que foi o Eduardo Campos? Eleição é sempre imprevisível, vamos esperar o resultado”, comentou.

Sobre a sua participação no horário eleitoral de Dilma Rousseff na TV e no rádio, Temer afirmou que já gravou cinco textos. “No primeiro dia (do horário eleitoral), a presidente é que tem de aparecer. Ao longo do tempo, o PMDB estará presente pela minha voz”, afirmou o vice. Indagado sobre o que vai falar no programa, Temer respondeu, bem-humorado: “Eu vou falar bem da Dilma.”