Governo não lança programa de forma leviana, diz Paulo Bernardo

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, reagiu ontem (29), em Curitiba, aos comentários feitos pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Marco Aurélio Mello, dizendo que o governo não está lançando programas de "maneira leviana". "Os projetos que lançamos do final do ano para cá foram articulados no ano passado inteiro, foram amplamente anunciados pelo governo", salientou Bernardo. "Estamos apenas fazendo um planejamento ou um replanejamento de nossa política social.

Mello havia dito que programas sociais, como o Territórios da Cidadania, não poderiam ser criados em ano eleitoral. Recebeu como resposta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva o conselho para que o Judiciário "metesse o nariz apenas nas coisas dele". Para Bernardo, o limite entre o que pode e o que não pode se fazer em um ano eleitoral "é o que a lei permite".

"Nesse caso não temos nenhuma decisão dizendo que não pode, por exemplo, mexer no Bolsa Família, que não pode fazer um programa chamado Territórios da Cidadania, que, na nossa avaliação, é essencial, porque está consolidando nossa política social, aglutinando todos os programas", ressaltou. "Tem que ter serenidade, se a Justiça disser que isso não pode ser feito nós vamos acatar, embora se houver recurso, podemos até entrar com recurso.

Bernardo esteve em Curitiba para participar de um encontro estadual do PT para discutir as estratégias a serem adotadas nas eleições municipais. "O governo não participa de campanha", defendeu-se o ministro. "Agora, sou cidadão, tenho direito no sábado de vir aqui falar com os militantes do meu partido, temos o direito constitucional de vir aqui nos organizar e trabalhar."

Ele fez uma palestra sobre a conjuntura nacional, mostrando os dados sobre criação de empregos, distribuição de renda, aquecimento do comércio e indicadores de analfabetismo, entre outros. "A orientação que estamos dando para os militantes é que capitalizem esse quadro positivo que temos no País", disse. "Seria um erro grave não capitalizar, até porque nossos adversários vão fingir que não vêem isso para falar de outras coisas, de cartão corporativo, do que eles acham que é negativo para o governo, e isso é legítimo.

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