A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, afirmou nesta sexta-feira (14) em Porto Alegre que o governo federal "não fará nada atribulado" para compensar a ausência da arrecadação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), que teve a prorrogação derrotada no Senado na madrugada de ontem. "Hoje o que nós temos clareza é que vamos manter o superávit primário, os programas sociais e o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento)", respondeu a ministra, ao ser questionada, em entrevista, sobre as medidas que serão adotadas
Dilma descreveu que os ministros da área econômica passarão os próximos dias avaliando alternativas. "Quando elas estiverem amadurecidas, o governo fará uma comunicação explicando o que deve ser feito", afirmou. A ministra acrescentou que o governo não tem pressa e está tranqüilo. Lamentou a perda de R$ 40 bilhões para a saúde e "saudou" o fato de que uma "parte significativa da oposição tentou modificar esse resultado".
Ao abordar o resultado da votação, Dilma considerou que o governo avalia a derrota não apenas como sua, mas também "da população" e de "setores mais lúcidos da oposição". Conforme a ministra, a proposta do governo foi negociada ao longo da semana duas vezes aceita e duas vezes descumprida. "Sabemos que tem uma oposição responsável no Brasil", declarou. "E isso é uma coisa muito boa.
Prioridades
A ministra também reiterou prioridades do governo. "Primeiro, o crescimento com estabilidade", indicou. "Vamos assegurar que o País continue tendo robustez fiscal e capacidade de manter a inflação sob controle." No entanto, com a rejeição da CPMF, Dilma ponderou que o governo não conseguirá fazer a política de saúde que pretendia. "Vamos procurar encontrar meios de superar (a perda de receita).
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