O Palácio do Planalto se lançou ontem com todas as forças numa ofensiva na Câmara para garantir a aprovação da prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). O líder do governo, deputado José Múcio Monteiro (PTB-PE), quis dar uma demonstração de confiança do governo na maioria que detém na Casa e garantiu que a blitz para levar a CPMF a voto não inclui concessões. ?Não vai haver negociação nem aqui (na Câmara) nem lá (no Senado). Foi a própria base que disse que não haverá mudança?, disse. Enquanto isso, contudo, ministros do presidente Luiz Inácio Lula da Silva procuravam deputados e senadores, aliados e de oposição, em busca de acordo para votar a prorrogação até 2011 da CPMF.

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Além de admitir negociações em torno da alíquota da contribuição o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), garantiu que a proposta só será votada amanhã se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva revogar medidas provisórias que trancam a pauta da Casa. ?Se não houver a atitude de revogar as medidas provisórias acho extremamente improvável votar a CPMF nesta semana. Se houver, acho possível?, disse Chinaglia. ?Comigo, o governo não falou nada de retirar MP?, observou José Múcio. ?Vamos votar o projeto da CPMF na quarta-feira sem tirar as MPs.

?Gostei da firmeza?, comentou Chinaglia. ?Mas se não houver um acordo e se a oposição mantiver a obstrução é muito improvável conseguir votar a CPMF em primeiro turno esta semana.?

Quatro medidas provisórias precisam ser votadas pelos deputados antes da CPMF. Lula estuda revogar pelo menos duas. A que trata da tributação única para compras no Paraguai – conhecida como ?MP do Sacoleiro? – e a que concede benefícios fiscais para os setores calçadista, têxtil e moveleiro são as vítimas mais prováveis. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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