A direção da APP (Associação dos Professores do Paraná) – Sindicato volta a se reunir hoje com o secretário estadual da Educação, Maurício Requião, para mais uma rodada de negociações a respeito do novo plano de cargos, carreira e salários dos professores estaduais. O secretário geral da APP, Luiz Carlos Paixão da Rocha, disse que a expectativa é fechar um acordo com o governo até o final da semana para que a categoria possa conhecer a proposta final antes do próximo dia 7 de fevereiro, quando será realizada uma assembléia estadual em Curitiba, onde pode ser decidida uma paralisação geral se as conversas com a secretaria de Educação não avançarem. O reinício das aulas dos alunos da rede estadual de ensino está marcado para o próximo dia 9 de fevereiro.
Promessa de campanha do governador Roberto Requião (PMDB), a recomposição salarial dos professores será uma das primeiras mensagens que o Palácio Iguaçu encaminhará à Assembléia Legislativa na reabertura do ano legislativo, em 16 de fevereiro. Entre as divergências em torno da proposta, duas são apontadas como as principais pelo dirigente da APP-Sindicato: o índice geral de reajuste proposto pelo governo que fica em 40% e a recomposição diferenciada entre professores da ativa e aposentados.
Aumento
A APP defende um aumento médio próximo a 90% e não aceita que os professores aposentados recebam reajustes menores do que os que estão na ativa. De acordo com o secretário geral da APP, na projeção apresentada pelo secretário da Educação na reunião realizada na última sexta-feira, dia 23, os professores da ativa teriam uma recomposição maior, aumentando a vantagem sobre os vencimentos dos aposentados. Durante os oito anos do governo anterior, os inativos não tiveram nem mesmo os abonos concedidos à categoria. Somente no ano passado, o novo governo pagou um abono salarial para os aposentados. “O governo já reconhece que esta diferença não deve ser mantida”, afirmou Rocha.
A direção da APP admite que tem dificuldades em chegar aos 90% de reajuste, mas tenta convencer o secretário da Educação a pagar parte do índice agora e projetar uma recomposição gradual até o final do ano. “Se o governo não pode conceder tudo de uma vez, é possível fazer um acordo para que esse índice seja dividido”, defendeu o secretário geral.