Governo e oposição tentam chegar a acordo na Câmara

Governo e oposição na Câmara vão tentar hoje um acordo em torno de uma pauta de votação para a sessão marcada para esta manhã. Após o terceiro dia da semana de esforço concentrado, nada foi votado no plenário. Sem acordo entre os líderes sobre o que poderia ser votado ontem, o candidato a vice-presidente na chapa da petista Dilma Rousseff e presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), encerrou a sessão à noite, provocando vaias e aplausos nas galerias.

De um lado das galerias estavam os policiais pressionando pela aprovação em segundo turno da proposta de emenda à Constituição (PEC) que cria o piso salarial para a categoria. Do outro, a manifestação era de prefeitos pedindo pela aprovação do projeto que regulamenta a destinação de recursos da União, dos Estados e dos municípios para a área de saúde.

Ao encerrar a sessão, Temer anunciou que incluiu na pauta a proposta dos policiais, o que lhe rendeu aplausos. Recebeu vaias ao deixar o plenário sem se referir ao projeto da área de saúde.

Três medidas provisórias (MPs) estão trancando a pauta. A 478 amplia em R$ 80 bilhões o limite de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e autoriza os Estados a contraírem empréstimos mesmo sem cumprir as metas do plano de ajuste fiscal. As outras duas MPs, 488 e 489, tratam de preparativos para as Olimpíadas de 2016, que serão realizadas no Rio de Janeiro.

Além do projeto que resultará em mais recursos para a área de saúde e a proposta que cria o piso dos policiais, há pressão para votar hoje a PEC que beneficia policiais penais.