O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza, disse nesta quarta-feira, ao deixar a reunião entre a presidente Dilma Rousseff e líderes aliados, que a decisão de não convidar o PDT para o encontro no Palácio do Planalto foi do governo.
“Nós estamos num regime presidencialista. Essa decisão é do governo. Num regime presidencialista a decisão é sempre do presidente”, resumiu Vaccarezza.
Ao ser informado que fontes do Planalto atribuíam a ele a decisão de não convidar o partido, afirmou: “Eu assumo a responsabilidade pelos convites. Eu só faço o que a presidente manda”.
Fontes do governo informaram mais cedo que o PDT foi vetado para a reunião, por não ter sido fiel na votação do projeto do salário mínimo.
O ministro de Relações Institucionais, Luiz Sérgio, negou qualquer retaliação ao partido.
“Foi uma reunião em que a presidente Dilma convidou 100% dos aliados a ela”, justificou Luiz Sérgio. “Não foi uma retaliação. Não trabalhamos com retaliação”, ressaltou o ministro, acrescentando que como prova disso, a presidente pretende reativar o Conselho Político, formado por líderes e presidentes de partidos, e que o PDT estará representado.
“Quero reafirmar: o governo convidou os líderes. Foi um primeiro contato. E a grande novidade é que a presidente pretende restabelecer o conselho político”, afirmou Luiz Sérgio.
O líder do PR, Lincoln Portela (MG), disse que a ausência do PDT na reunião não foi sequer comentada durante o encontro com a presidente. “A conversa foi tão naturalmente que nem lembramos. Isso quem está me lembrando agora são vocês”, afirmou o líder, dirigindo-se aos jornalistas.
Segundo ele, o PDT não está fora da base. “Ele é um partido da base, mas quem responde pelo PDT não sou eu”, disse.
Portela disse também que não foram discutidos os cortes de emendas parlamentares, pelo governo, e nem o reajuste da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física.”Todo mundo está muito satisfeito com o governo da presidente Dilma”, garantiu.
Ele disse também que a presidente fez um relato do programa Minha Casa, Minha Vida e informou que os cortes no orçamento não vão alterar o programa.