Governo defende neutralidade das redes no Marco Civil

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou nesta quarta-feira, 18, que o Marco Civil da Internet, que entrou em regime de urgência para votação, vai contemplar o trecho que trata da neutralidade das redes. Esse é um dos pontos que desagrada as teles no projeto. “O governo defende que a redação final do projeto contenha o princípio de neutralidade”, afirmou durante participação em evento da Associação Nacional para Inclusão Digital (Anid).

Pelo texto inicial do projeto, o provedor de conexão, que liga o usuário à internet, fica proibido de diferenciar o conteúdo que trafega na web. Com a neutralidade das redes aprovada, se evita a criação de “pacotes” fechados de internet. “Sabemos da insatisfação das teles, que queriam vender linhas dedicadas para alguns serviços, como o de vídeos, mas o governo não concorda com isso”, afirmou.

O ministro comentou ainda sobre a portaria divulgada nesta quarta que destina mais faixas de espectro para pequenos e médios provedores de internet. Segundo ele, a intenção é acelerar a oferta de internet principalmente no interior do País. “Há localidades com muito potencial de crescimento, onde pequenas empresas, que ficam a margem do mercado, poderiam aumentar a competição”, disse.

Bernardo citou como exemplo a Região Norte, que conta com poucas empresas prestando o serviço com baixa velocidade e a altos custos. Segundo a portaria publicada nesta quarta no Diário Oficial, os pequenos e médios provedores de internet fixa vão ter direito ainda este ano a faixa de frequência destinada ao 4G que não foi ocupada, por meio de leilões eletrônicos simplificados.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna