O Ministério da Justiça da Itália afirma que “não pode confirmar” se Henrique Pizzolato, ex-diretor do Banco do Brasil e condenado a 12 anos de prisão pelo envolvimento no caso do mensalão, está ou não na Itália. Mas, em caso de um pedido de extradição vindo de Brasília, a entrega do ítalo-brasileiro passará por uma avaliação que também será “política”.
“Trata-se por enquanto de um cidadão normal, livre, e que não existe motivo para que o Ministério da Justiça entre em campo. Só vamos agir quando e se ele for preso. Ele pode estar na Itália, como pode estar em qualquer lugar também da Europa com um passaporte italiano”, informou a assessoria de imprensa do ministério.
Esta foi a primeira vez em quase uma semana que o governo da Itália se pronunciou sobre o caso. O jornal O Estado de S.Paulo revelou nesta quinta-feira, 21, que o Ministério do Interior não encontrou registro de Pizzolato em hotéis nem aluguéis ou contratos em nome do ex-diretor do Banco do Brasil.
Pizzolato deixou o Brasil via Paraguai e chegou até a Argentina, de onde teria embarcado para a Europa com destino final na Itália. A reportagem obteve confirmações de que as autoridades italianas sabiam da situação do ex-diretor do BB.
Para a Justiça italiana, Pizzolato apenas será alvo de uma ação caso uma de duas condições: o recebimento de um pedido de extradição do Brasil ou a eventual captura pela Interpol, caso ele de fato esteja na Itália. “Nesse caso, um tribunal então avaliaria sua condição e decidiria se ele pode ou não ser extraditado. Tendo isso em mãos, o Ministério da Justiça então faria uma consideração política sobre o caso”, completou o órgão.