A Agência Estadual de Notícias divulgou ontem, 6, que o ministro das Cidades, Márcio Fortes, telefonou para o governador Roberto Requião (PMDB) na quinta-feira à noite, admitindo que houve erro na classificação do Paraná, que aparecia em penúltimo lugar na execução de obras de saneamento financiadas pelos recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O relatório foi divulgado pela Casa Civil da Presidência da República, comandada pela ministra Dilma Rousseff.
Em comunicado ao governo, o ministério corrige a informação de que apenas 25% das obras do PAC, previstas no Estado para a área de saneamento, haviam sido iniciadas. Conforme o novo gráfico, enviado pela assessoria do Ministério das Cidades à Agência Estadual de Notícias, 73,3% das obras estão em andamento.
“Os quadros de saneamento com recursos do Orçamento Geral da União e de financiamento relativos a obras de saneamento por meio do Ministério das Cidades no Paraná estavam corretos. O erro se limitou ao gráfico, e foi lamentado pelos funcionários do setor e por todos envolvidos com o assunto”, diz texto enviado pela assessoria de comunicação do Ministério das Cidades e divulgado pelo governo estadual.
Os números do relatório foram citados pelo ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, e provocaram reações do governo do Estado, que mandou uma carta a Bernardo, Rousseff e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva contestando-as.
Na carta, assinada pelo presidente da Sanepar, Stênio Jacob, o governo do Paraná pediu explicações sobre o balanço da Casa Civil e aproveitou para provocar Bernardo, convidando-o para assistir a escola de governo da próxima terça-feira, 10, quando haverá uma exposição sobre o andamento das obras.