O governo aumentou os gastos com os cartões corporativos em 2007. Levantamento feito pela assessoria de Orçamento do DEM no Congresso mostra que, até o dia 28, os gastos equivaliam a R$ 53 1 milhões. O valor é, aproximadamente, 3,7 vezes maior do que o total despendido pela administração federal com os cartões em 2004. Naquele ano, essa despesa foi de cerca de R$ 14,1 milhões e os gastos subiram nos anos seguintes. Se forem incluídos os dispêndios feitos em 2007 por órgãos do Poder Judiciário que também usam o cartão, o número salta para cerca de R$ 54,4 milhões.

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Além de quase quadruplicar os gastos com os cartões, o valor usado este ano bateu o total de 2006 (R$ 33 milhões). O levantamento aponta também que o uso dos cartões ocorre, especialmente, no sistema de saque em dinheiro, o que torna mais difícil a verificação da necessidade da despesa feita pelo funcionário público.

Em 2007, dos R$ 53,1milhões gastos, cerca de R$ 40,9 milhões foram sacados em espécie. Incluídas as despesas do Judiciário, os saques em dinheiro chegam a R$ 42,8 milhões. Dentro do Poder Executivo, o ministério responsável pelo gasto mais elevado no uso dos cartões é o do Planejamento, Orçamento e Gestão, com cerca de R$ 26,7 milhões – R$ 24,9 milhões com saques em espécie. A justificativa do ministério são as despesas dos funcionários do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que participam desde 2006 do censo agropecuário, que tem provocado grandes deslocamentos, sobretudo no Norte e Nordeste.

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