Senadores governistas do PT e do PCdoB comemoraram no final da manhã desta segunda-feira, 9, a decisão do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), de anular a votação do dia 17 de abril na Câmara, que admitiu a abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

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A expectativa inicial era que o Senado votasse daqui a dois dias o afastamento da petista em plenário, mas, com a decisão do presidente da Câmara, deverá haver atrasos – estava prevista para hoje à tarde a leitura no plenário do Senado do parecer da Comissão Especial do Impeachment.

O grupo de parlamentares, que soube da manifestação de Maranhão durante reunião da Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado com especialistas críticos ao processo de impeachment da presidente, deixou o encontro, seguiu para o Palácio do Planalto a fim de acompanhar o encerramento de um ato com a participação de Dilma e, no momento, reúne-se com a petista.

Coube ao presidente da CDH, o petista Paulo Paim (RS), anunciar durante a sessão a decisão de Waldir Maranhão. A novidade foi comemorada com uma salva de palmas pelos presentes ao encontro. Pouco tempo depois, o também senador do PT Lindbergh Farias (RJ) leu a íntegra da nota oficial de Maranhão divulgada à imprensa com o teor da decisão.

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Um dos presentes ao encontro da comissão do Senado foi o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luís Almagro Lemes, que já se declarou publicamente preocupado com o processo de impeachment contra Dilma.

Ao final da reunião do colegiado, os senadores seguiram a pé para o Planalto a fim de participar da solenidade comandada por Dilma. Eles chegaram ao final do encontro e, após o encerramento, foram se encontrar pessoalmente com a presidente.

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