As estimativas de gastos de campanha dos 18 governadores que vão tentar a reeleição somam R$ 376 milhões. O montante representa um crescimento real de 69% em comparação com o limite que haviam estabelecido para suas estruturas eleitorais no pleito de 2006: R$ 222,4 milhões – em valores corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), índice oficial de inflação.

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No entanto, alguns governadores chegaram a triplicar suas estimativas de gasto. A petista Ana Júlia Carepa, que tenta a reeleição no Pará, lidera esse ranking. Em 2006, ela orçou sua campanha em R$ 12 milhões – em valores corrigidos. Agora, Ana Júlia estima gastar até R$ 40 milhões, aumento de 231%. A assessoria de imprensa de Ana Júlia Carepa argumentou que o aumento da previsão de gastos ocorreu porque ela precisará ter uma estrutura de campanha maior, para não usar a máquina do Estado. A maior parte dos deslocamentos da candidata ocorrerá por avião, alegou a assessoria.

É o mesmo índice do governador de Roraima, José de Anchieta Júnior (PSDB). Eleito vice em 2006, Anchieta assumiu o governo em dezembro do ano seguinte, quando o governador Ottomar Pinto morreu de enfarte. Na campanha de 2006, a dupla havia previsto gastos de R$ 6 milhões. Agora, Anchieta tenta a reeleição orçando sua campanha em R$ 20 milhões.

O secretário de comunicação de Roraima, Gustavo Abreu, argumentou que o valor estimado pelo governador José de Anchieta Júnior é apenas um teto. “Não quer dizer que ele vai gastar isso em campanha. É orçamentário, não é financeiro.”

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