Governadores de Estados agrícolas presentes no Salão Internacional de Avicultura e Suinocultura (SIAVS), em São Paulo, aproveitaram a cerimônia de abertura para tecer elogios à atuação de Blairo Maggi (PP-MT) à frente do Ministério da Agricultura. A ação acontece em um momento em que Maggi está sob pressão por causa da delação do ex-governador Silval Barbosa (PMDB-MT).

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Os gestores estaduais aprovaram a atuação do ministro após a deflagração da operação Carne Fraca, em março, que foi amplamente elogiada pelo setor. Segundo Reinaldo Azambuja, governador de Mato Grosso do Sul (PSDB), o estrago da operação foi menor graças aos esforços de Maggi.

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Já o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB-GO), destacou que o ministro “foi capaz, devido à sua experiência e liderança no setor, de dar um pouco de folga nesses momentos difíceis”. “Ele foi capaz de dar respostas em um período muito curto.”

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Maggi foi premiado como destaque político do ano para o setor no evento, que contou com a participação dos governadores Pedro Taques (PSDB-MT), Raimundo Colombo (PSD-SC) e Geraldo Alckmin (PSDB-SP), e do diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevêdo.

Inquérito

Na semana passada, o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a abertura de inquérito para apurar suposta organização criminosa que teria se instalado no governo de Mato Grosso. Ao pedir a investigação à Corte, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, atribuiu ao atual ministro Blairo Maggi “a função de liderança na organização criminosa” delatada pelo ex-governador.

Na segunda-feira, 28, Maggi disse que poderia deixar o cargo caso a investigação envolvendo seu nome em delação do ex-governador de Mato Grosso Silval Barbosa atrapalhasse seu trabalho na pasta. “No momento em que eu perceber que essa acusação cria embaraços para minha atividade como ministro, sairei imediatamente”, afirmou.