O governador de Mato Grosso, Blairo Maggi (PR), permanecerá no cargo até abril do próximo ano, quando irá se desincompatibilizar para concorrer ao Senado Federal. Até lá, Maggi espera consolidar a candidatura do vice-governador Silval Barbosa (PMDB) à sucessão estadual.

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A expectativa era de que Maggi deixasse o cargo em janeiro. Maggi disse que está conversando sobre o assunto com a família e que vai levar a decisão ao conhecimento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, “que sempre defendeu que eu continuasse na política”.

Ele confirmou que o motivo de ter adiado sua saída da vida pública foi a decisão do empresário Mauro Mendes de trocar o PR pelo PSB. Mendes, presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), era o nome mais provável para compor a chapa ao governo do Estado em 2010 como vice de Silval Barbosa.

Nos últimos dois dias, o governador vem tentando costurar uma aliança com o DEM e o PP em torno da candidatura de Silval Barbosa. Por enquanto, a aliança é composta por PR, PMDB e PT, partidos que apoiam a candidatura da ministra Dilma Rousseff para a Presidência da República em 2010.

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Alianças

Para tentar uma aproximação com o DEM, o governador Blairo Maggi convidou o senador Jayme Campos para participar de inaugurações de estradas no noroeste do Estado na última sexta-feira. Ao fim das conversas com Jayme Campos e lideranças do PP, Maggi disse que havia “alinhavado”, mas ainda não tinha “arrematado” um aliança.

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Ao fim da solenidade de inauguração das obras do governo do Estado no município de Juína (735 km a Noroeste de Cuiabá), na noite da última sexta-feira, o senador Jayme Campos concedeu uma entrevista na qual assegurou que mantém sua pré-candidatura pelo Democratas e reclamou da falta de diálogo por parte dos partidos governistas.

“A chapa está fechada, com Silval Barbosa para governador, uma vaga do Senado para Maggi e outra para o PT, não há o que oferecer ao DEM”, disse Jayme Campos, que confirmou ter um acordo com o prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB). “Vamos encomendar uma pesquisa em fevereiro e quem estiver mais bem cotado será o candidato ao governo do Estado”, disse ele.