O governo do Amazonas, Eduardo Braga (PMDB), disse hoje ser contra a prorrogação do prazo para o início das sanções aos produtores que não apresentarem seus planos de cumprimento da legislação que determina a recomposição das áreas de preservação ambiental.

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“Sou contra. Disse isso, inclusive, na reunião que tivemos em Macapá”, afirmou Braga, que está no escritório da Presidência da República, em São Paulo, onde ocorre hoje a reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de ministros para tratar do tema.

“Por que 40% da economia brasileira, formada por São Paulo, tem 4 milhões de hectares de florestas degradadas e vamos anistiá-lo (O Estado de São Paulo) sem que isso seja compensado em serviços ambientais na Amazônia ou na Mata Atlântica?” questionou.

Sobre a possibilidade de a reunião de hoje confirmar a prorrogação do prazo, Braga disse que se isso ocorrer será “um equívoco”. O governador defende que as compensações ambientais por parte do setor produtivo comecem “imediatamente”, sob o risco de descrédito do País na Conferência sobre o Clima, que acontece em Copenhague em dezembro.

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“Não defendo que simplesmente se pare o agronegócio, mas não dá para o Brasil ter autoridade internacional e cobrar dos outros países postura em relação as florestas se nós não formos capazes de cobrar isso internamente.”