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Governador diz que vai acompanhar de longe a escolha para vaga no TCE

Apesar de ter seu procurador-geral e dois deputado que o apoiam na disputa, o governador Beto Richa (PSDB) disse, nesta terça-feira, que não irá interferir no processo de eleição do novo conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), para a vaga aberta com a anulação da eleição de Maurício Requião para o cargo. Beto disse que acompanhará de longe, torcendo para um aliado.

“Os deputados têm total independência para fiscalizar o Executivo, apresentar suas propostas, exercer o seu papel como representantes do povo paranaense. E a eleição do conselheiro é mais uma atribuição específica dos deputados. Então, vamos acompanhar à distância, esperando que o melhor candidato seja escolhido. Temos vários aliados, sendo um aliado, me sinto tranquilo, mas respeito qualquer resultado”, disse.

O governador deu total apoio à decisão do presidente da Assembleia, Valdir Rossoni, de cancelar a eleição de Maurício Requião e disse ter amparo legal para a anulação do decreto que nomeou o irmão do ex-governador Roberto Requião (PMDB).

“Segundo as consultas que foram realizadas junto a juristas é possível sim fazer essa nova eleição. É um ato do Legislativo. A outra eleição estava recheada de vícios, e o Paraná não pode ficar esperando eternamente o preenchimento desta vaga. Então, acho que a Assembleia Legislativa acertou ao abrir essa nova eleição”, declarou.

A declaração de neutralidade do governador não convenceu os candidatos no processo de escolha do novo conselheiro. Apoiado por ampla maioria dos deputados estaduais (os eleitores do novo conselheiro), Beto é visto como cabo eleitoral decisivo para a disputa pela sétima cadeira do TCE. De olho nesse apoio, o deputado estadual Nelson Garcia (PSDB) já foi pedir a benção do presidente de seu partido.

“Conversei mais de duas horas com ele. Lembrei que foi após uma conversa com ele que abri mão da disputa pela presidência da Assembleia. Agora, é minha vez, quero sim o apoio do governador”, disse o deputado. Garcia diz que vê como principal adversário na disputa pela simpatia do governador o procurador-geral do Estado, Ivan Bonilha, advogado de confiança de Beto Richa, que foi procurador-geral do município de Curitiba e comandou o departamento jurídico da campanha do tucano.

Mas Garcia não escondeu seus argumentos para convencer o governador. “Lembrei a ele que, pelos cargos que exerceu nos últimos anos, Bonilha estará impedido de julgar as contas do governo neste ano e da prefeitura em anos anteriores. Ia prejudicar sua atuação como conselheiro, teria que ser substituído por um auditor, que pode ser bem mais rigoroso”, alertou.

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