Há 39 anos, completados ontem, os militares perpetraram um golpe responsável pela deposição de João Goulart, representando o fim do populismo e o início de um dos períodos mais obscuros da nossa história, marcado por 21 anos de ditadura militar. Era a reação dos setores conservadores da sociedade brasileira à manutenção da política populista no País. Quase quarenta anos depois, muitos brasileiros guardam na memória as lembranças de um dos períodos mais difíceis da História.

“Foi uma época de muita dificuldade e um teste de vida muito grande”, conta Edésio Passos, militante do PT desde a sua fundação e atual conselheiro de Administração da Itaipu Binacional. Militante do Partido Socialista Brasileiro -extinto em 1965 -, Passos conta que, na época, era advogado dos principais sindicatos do Paraná, entre eles o dos bancários, professores, da construção civil. “Eu tinha um papel preponderante como advogado e ainda era jornalista de O Estado do Paraná e secretário do Sindicato dos Jornalistas. Quando houve o golpe, eu e outros colegas só não fomos presos porque éramos jornalistas e dirigentes sindicais. Mas muitos não tiveram a mesma sorte e foram presos ou tiveram de fugir”, relata.

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