A pré-candidata do PT ao Senado, Gleisi Hoffmann, disse ontem, em visita à redação do jornal O Estado do Paraná, que não acredita na desistência do senador Osmar Dias (PDT) de disputar o governo do Estado.

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Para ela, é natural que Osmar converse com o PSDB, principalmente com o presidenciável José Serra, seu amigo particular, mas ela crê que, mesmo com os tucanos, a conversa de Osmar é no sentido de ele ser o candidato ao governo.

“Qualquer certeza nessa fase é muito frágil, estamos no mês que precedem as definições e, no Paraná, as conversações devem ir até o prazo final. Temos um quadro extremamente indefinido e com apostas e torcidas de todos os lados. O PSDB está torcendo muito para que o Osmar vá para o lado de lá e nós continuamos trabalhando e torcendo para que se consolide a aliança que começamos a construir no ano passado”, disse Gleisi, que classificou a reunião de Osmar com José Serra como mais um capítulo dessas conversações.

“Ele sempre teve uma negociação com o PSDB não no rumo que o PSDB gostaria. Ele sempre procurou uma interlocução nacional, com o Serra, e não local. E a discussão ali passou sempre por ele ser cabeça de chapa no Estado. Não me passa pela cabeça que ele procurou o Serra para negociar uma candidatura ao Senado ou a vice. Isso ele teria aqui”, disse. “Se fosse para ele desistir para ser senador, não seria lógico desistir agora, desistiria em favor do Alvaro (Dias)”, acrescentou.

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Gleisi, que lembrou a posição do Diretório Estadual do PT, que em reunião no último sábado reafirmou sua pré-candidatura ao Senado, disse que o partido ainda trabalha pela aliança com PDT e PMDB.

“Já tínhamos desde o ano passado PDT, PT, PSC e PR. Tínhamos até marcado reunião para fechar essa aliança e depois, em tempos diferentes, íamos buscar o PMDB e o PP”, disse Gleisi, lembrando que o crescimento da ministra Dilma nas pesquisas pode ser mais um argumento para convencer Osmar Dias a se aliar ao PT. “Ele já teria o apoio do maior líder nacional e, agora, terá o da líder nas pesquisas para presidente”.

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A pré-candidata ao Senado comentou que, agora, as conversas sobre aliança passarão por uma fase decisiva e terão como centro o governador Orlando Pessuti.

“Nós ainda não sentamos com ele para conversar sobre política, até porque estamos respeitando esse tempo para ele organizar seu governo. Essa conversa será, também, com a direção nacional do PT e do PMDB”, disse a ex-presidente do PT do Paraná, que confirmou o café da manhã entre Lula e Pessuti nesta semana “mas não é uma pauta política, é administrativa, a primeira conversa entre os dois depois que Pessuti tomou posse. A conversa política será com a ministra Dilma”, disse. “Nós sempre estivemos ao lado do PMDB, que terá o vice da Dilma. E queremos manter essa aliança histórica nestas eleições, de preferência, numa grande chapa”, concluiu.