Pré-candidata à prefeitura de Curitiba, a presidente estadual do PT, Gleisi Hoffmann, afastou-se do cargo para cuidar apenas da organização da sua campanha eleitoral.
Gleisi deixou a presidência ontem, 24, durante a reunião da executiva estadual realizada em Curitiba. Ela foi substituída na presidência do partido pela deputada estadual Luciana Rafagnin, vice-presidente da executiva regional.
A estruturação da campanha e a formação de alianças são as próximas preocupações de Gleisi que, entretanto, ainda manterá uma parte da agenda anterior como dirigente estadual do partido. De acordo com a assessoria da pré-candidata, ela já havia se comprometido a coordenar encontros regionais em algumas cidades. Hoje e amanhã, ela vai a Toledo, Cascavel e Umuarama participar de encontros regionais do partido. Até o dia 2 de maio, ela ainda vai aos encontros de Londrina, Santo Antonio da Platina, Jacarezinho, Ponta Grossa e Guarapuava.
Gleisi já tem um conselho político discutindo linhas de campanha e programa de governo, do qual participam representantes de todas as correntes do partido. O coordenador é o atual presidente do diretório municipal do PT de Curitiba, vereador André Passos. Ele é cogitado como provável candidato a vice-prefeito na chapa de Gleisi se o PT não fechar aliança com outra sigla.
Até agora, o PT já conversou com o PRB, PHS, PMN, PV, PTC e também o PR para sondar uma composição majoritária. O PR está mais próximo do PMDB, que convidou o partido para indicar o candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada pelo reitor da Universidade Federal do Paraná, Carlos Augusto Moreira Junior.
Crivo
Todas as alianças terão que passar pelo crivo da direção estadual do partido, que segue uma resolução nacional, segundo a qual, não se recomenda alianças do PT com PSDB e DEM. Mas também não proíbe. A interpretação é que está proibido o apoio do PT a candidatos do PSDB e DEM. A resolução, entretanto, não interdita o contrário. Ou seja, o PT pode receber apoios dos dois partidos, se indicar o candidato a prefeito.
A resolução libera todas as coligações com os partidos que compõem a base de sustentação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Congresso Nacional.
