Aliança

Gleisi Hoffmann admite ser vice de Osmar Dias

A presidente estadual do PT, Gleisi Hoffmann, não está muito animada com a possibilidade de ser candidata a vice-governadora na chapa com Osmar Dias (PDT).

Pré-candidata ao Senado, Gleisi só cogitaria mudar seus planos para outubro caso tivesse um pedido direto da direção nacional do partido e do presidente Lula. O nome de Gleisi como vice começou a ser cogitado ontem como um dos pedidos que o PDT pode fazer ao PT (até no plano nacional) para fechar a aliança no Paraná.

“É uma questão de estratégia, de projeto. Sou candidata ao Senado por decisão partidária e pelo projeto de fortalecer a bancada no Congresso Nacional e fortalecer nossa intervenção de apoio à Dilma se ela for presidente. O PT do Paraná avalia que tenho chance de fazer uma boa disputa e temos um projeto local. Obviamente que se o presidente Lula achar que devemos fazer uma reformulação desse quadro, quem sou eu para ir contra, mas, por enquanto, não é essa a orientação que tenho recebido. Também não é esse o desejo que tenho”, declarou Gleisi, dizendo sentir-se lisonjeada pela deferência do PDT e destacando a importância do cargo de vice-governador, “mas o PDT sabe essa posição, que o PT tem um plano para o Paraná. Que temos sim como prioridade eleger a Dilma, mas que também queremos fortalecer o partido e, aí, a candidatura ao Senado é essencial”.

Gleisi lembrou que sua candidatura ao Senado faz parte de uma estratégia nacional “de flexibilizar as eleições para os governos, dando espaço para os partidos aliados, mas concentrar nas eleições para o Senado e a Câmara Federal, a ponto de dar governabilidade para a Dilma, caso eleita” e disse que o PT tem outros nomes para apresentar como vice de Osmar, como o presidente da Itaipu binacional, Jorge Samek.

Ela comentou, ainda, que o que tem de intenção de votos para o Senado não se transferirá automaticamente para a chapa ao governo. “É outra conjuntura, outra eleição. Como foi quando fui para prefeitura (2008) e não levei os votos que tinha feito para o Senado (2006) e, agora, como pré-candidata ao Senado, volto a ter números semelhantes aos de 2006”.

Mas a presidente do PT classificou como bastante positivo o fato de o PDT sair da reunião discutindo um nome do PT na chapa. “É uma importante sinalização de que o PDT quer se aproximar da gente, quer caminhar junto, o que soma à decisão do PDT nacional, de apoiar a Dilma”.

Gleisi disse entender a demora do PDT em confirmar a aliança e acredita que depois da definição do candidato do PSDB (que pode ocorrer em reunião do diretório no dia 8 de fevereiro) tudo ficará mais claro.

“O PDT está entrando num rumo de definição e é de mudança de parceria política no Estado. Mas quer deixar claro que quem rompeu a parceria anterior foi o PSDB e com a definição da candidatura do PSDB, fica caracterizado”, analisou. “Não importa se o PDT acha que é mais fácil ou mais difícil ir com a gente ou com o PSDB. Nosso objetivo é juntar os partidos da base aliada para eleger a Dilma. Se conseguirmos isso, está feita nossa missão”, disse, revelando que, para cumprir a missão, até aceitaria trocar a candidatura ao Senado pela vice, se assim a direção nacional entender ser a melhor forma.

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