Foto: Lucimar do Carmo/O Estado

Gleisi Hoffmann: estudando os próximos passos.

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A ex-diretora de Itaipu, Gleisi Hoffmann (PT), vem sendo cotada para ser candidata à prefeitura de Curitiba e à presidência estadual do partido – no caso do presidente estadual do PT, deputado André Vargas, deixar o cargo para assumir a Secretaria de Estado do Trabalho.  

Gleisi afirma que, se for da vontade do partido, pode aceitar ser candidata a prefeita. Mas, para ela, ainda é muito cedo para fazer esse tipo de especulação. ?Um candidato à prefeitura deve passar por uma decisão do partido. No momento, estou concentrada na articulação do Congresso Nacional do PT?, explicou. O encontro vai acontecer no meio do ano, em São Roque, São Paulo.

Gleisi comentou que o partido ainda não começou as discussões de nomes para as sucessões municipais de 2008 e que prefere esperar por elas. ?A partir de março vamos iniciar os debates sobre as eleições de 2008?, disse. Ontem, Vargas confirmou que o PT pretende ter candidatura própria para disputa da Pefeitura de Curitiba e entre as alternativas estão, além de Gleisi, os nomes do deputado estadual Tadeu Veneri e dos deputados federais Angelo Vanhoni e Dr. Rosinha. Dos quatro nomes citados por Vargas, Vanhoni considera que o melhor é o de Gleisi. Ele argumenta que ela tem todas as condições de ganhar a eleição. ?Gleisi tem representatividade. Vou apoiar o nome dela?, disse. Vanhoni lembrou que já disputou a prefeitura duas vezes e perdeu, obtendo um percentual de 48% e 45% dos votos em cada uma.

Na eleição para o Senado no ano passado, Gleisi teve mais votos na capital que o senador reeleito Alvaro Dias (PSDB). Mesmo com o PMDB começando suas articulações para candidatura própria à prefeitura, ela não acredita que isso possa interferir na aliança entre os partidos. Para ela, é legítimo que os partidos comecem a articular candidaturas, mas o mais importante no momento é a coesão e o apoio ao governo.

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Vargas, contudo, avaliou que ainda é muito cedo para se definir uma posição concreta a respeito da disputa à prefeitura de Curitiba. ?Os cenários são muito tênues. No tempo certo, uma candidatura irá se consolidar?, afirmou.

Presidência

Sobre a possibilidade de assumir a presidência estadual do PT, Gleisi lembrou que o partido possui uma diretoria eleita e, numa eventual ausência de Vargas, o vice, Zeno Mizunno, deve assumir. ?Mas isso não impede de uma discussão do partido para que outra pessoa assuma a gestão. Pode inclusive ser o meu nome?, declarou. Gleisi não acredita que para ter representatividade precise se tornar presidente estadual do PT. Para ela, não estar na presidência pode até facilitar o seu papel na articulação do partido.

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Nesta semana, o deputado estadual Elton Velter (PT) disse que, se o cargo ficar vago, é favorável que Gleisi se torne presidente estadual do PT. O deputado também afirmou que, Gleisi conquistou legitimidade após concorrer ao Senado e é um dos nomes fortes para disputar a prefeitura de Curitiba.