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Gleisi é a única paranaense na comissão de impeachment do Senado

O Senado elegeu na tarde desta segunda-feira (25), em votação simbólica, os 42 senadores titulares e suplentes da comissão especial que analisará o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). A votação do parecer elaborado pelo grupo deve ir à votação no plenário da Casa no dia 12 de maio.

Se a decisão for pelo afastamento da petista – são necessários os votos de 41 dos 81 senadores -, o vice Michel Temer é quem assumirá interinamente por até 180 dias. Depois desse período, novamente o Senado decidirá pelo retorno ao cargo ou saída definitiva da petista – quando são necessários 54 votos.

O virtual presidente da comissão, a ser confirmado hoje, é o senador Raimundo Lira (PMDB-PB). Na reunião, também será eleito o relator da comissão. O PSDB indicou Antonio Anastasia (MG) para o cargo, mas o PT é contra e ainda tenta articular um outro nome para a função. “Essa Casa não pode ter um relator desse jeito. O nome de Anastasia é provocação. Vamos denunciar isso o tempo inteiro”, disse o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), ao anunciar que levará o tema à discussão durante a primeira sessão do colegiado, nesta terça.

“Se a crítica que fazem ao senador Antonio Anastasia é ser meu amigo, esse é um defeito menor. Claro que o PT vai procurar contaminar e postergar o processo. Quem sabe querem um nome do PT? Mas não podem, a presidente Dilma pertence ao PT. Se ser meu amigo for o problema, eu posso brigar com o senador Anastasia até o final do processo e depois reatamos para sanar esse questionamento”, ironizou Aécio Neves (PSDB-MG), garantindo que o aliado vai fazer um relatório “altamente qualificado”.

O governo, no entanto, tem apenas cinco dos 21 votos dentro da comissão, o que torna praticamente inviável a tentativa de barrar o tucano numa eleição interna.

Prazos

Ao chegar para presidir a sessão, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que conduzirá o processo “sem rusga”. Ao ser perguntado sobre os prazos da comissão, Renan voltou a dizer que o tema é questão interna. A comissão será instalada nesta terça, com um prazo de até dez dias úteis, que acabará dia 9 de maio.

Titulares da comissão

– PMDB
Raimundo Lira (PMDB-PB)
Rose de Freitas (PMDB-ES)
Simone Tebet (PMDB-MS)
Dário Berger (PMDB-SC)
Waldemir Moka (PMDB-MS)

– Bloco Parlamentar da Oposição (PSDB-DEM-PV)
Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP)
Antonio Anastasia (PSDB-MG)
Cássio Cunha Lima (PSDB-PB)
Ronaldo Caiado (DEM-GO)

– Bloco de Apoio ao Governo (PT-PDT)
Lindbergh Farias (PT-RJ)
Gleisi Hoffmann (PT-PR)
José Pimentel (PT-CE)
Telmário Mota (PDT-RR)

– Bloco Parlamentar Socialismo e Democracia (PSB-PPS-PCdoB-Rede)
Romário (PSB-RJ)
Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE)
Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM)

– Bloco Parlamentar Democracia Progressista (PP-PSD)
Ana Amélia (PP-RS)
José Medeiros (PSD-MT)
Gladson Cameli (PP-AC)
– Bloco Moderador (PTB-PR-PSC-PRB-PTC)
Wellington Fagundes (PR-MT)
Zezé Perrella (PTB-MG)

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