A presidente estadual do PT, Gleisi Hoffmann, disse ontem que o partido irá lançar candidato próprio ao governo do Estado em 2010. O PT também poderá conversar com o PDT, que faz parte da base de apoio ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas não há indicativo de apoio à candidatura do senador Osmar Dias (PDT) ao governo, declarou a dirigente petista, que se reuniu com a bancada estadual do partido, na Assembléia Legislativa para debater a posição do partido sobre o projeto de reforma tributária do governo do Estado que está na Assembléia Legislativa.
O aceno do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, ao senador Osmar Dias (PDT) não foi uma promessa de apoio, corrigiu a presidente do partido. Mas apenas a possibilidade de conversar com Osmar, já que o PDT compõe a coalizão do governo Lula, afirmou a petista, ao comentar as declarações feitas por Bernardo à imprensa, na semana passada, sobre as possibilidades de um acordo com o pedetista.
Uma candidatura própria ao governo é necessária para o projeto nacional do partido de fazer o sucessor do presidente Lula, defendeu. “O PT está se organizando para ter candidato em 2010 e dar sustentação ao projeto nacional. Para isso, nós vamos conversar com todos os partidos aliados, inclusive o PDT”, declarou Gleisi.
Ela destacou que a única eleição em que o PT não lançou candidato próprio foi a de 1998, quando o partido apoiou o governador Roberto Requião (PMDB), que perdeu a eleição para Jaime Lerner (PSB).
Entre as alternativas mencionadas pela presidente estadual do PT para concorrer ao governo estão o ministro Paulo Bernardo, o diretor geral da Usina de Itaipu, Jorge Samek, e o secretário estadual de Planejamento, Ênio Verri.
Sem posição
Para discutir o projeto que reduz as alíquotas de ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) de noventa e cinco itens e aumenta o imposto sobre gasolina, energia elétrica, telefone, cigarros e bebidas, a bancada convidou o coordenador do Dieese, Cid Cordeiro, e a chefe de assuntos econômicos da Secretaria de Estado da Fazenda, Gedalva Baratto.
A bancada pretende esperar a conclusão das audiências públicas que serão realizadas no estado para debater o assunto. A primeira será em Cascavel, na próxima sexta-feira para depois definir como irá votar o projeto do governo.
“O PT sempre primou pela justiça tributária e, nesse caso específico, é importante termos clareza sobre todos os impactos das medidas que serão adotadas, principalmente a garantia de que os benefícios para micros e médios empresários serão alcançados”, disse a deputada estadual Luciana Rafagnin.