Cuidadosa, a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, está evitando se posicionar na discussão interna do PT de Curitiba sobre a participação do partido na eleição do próximo ano na capital. “O partido em Curitiba tem que analisar as duas possibilidades, a candidatura própria ou a possibilidade de uma aliança. Temos que avaliar com muita responsabilidade o processo em Curitiba”, disse a ministra.

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Gleisi declarou que não há acordo automático com o ex-deputado Gustavo Fruet apenas porque ele se filiou ao PDT, partido da base de apoio do governo Dilma Rousseff. “A filiação traz a possibilidade de conversa. Mas não é um processo automático”, destacou a ministra.

Ela afirmou que, na conversa que manteve com Gustavo, pouco antes de ele anunciar sua opção pelo PDT, o ex-deputado falou do projeto de ser candidato e de abrir um canal de negociação. “Ele está se reposicionando, ao vir para a base, porque está vindo para o lado que vai ter o PSDB como adversário. Então, podemos conversar”, afirmou Gleisi, que também quer começar uma conversa com o PV.

Ela afirmou que o PT tem bons nomes para concorrer, mas o partido tem que avançar em Curitiba, onde ela classificou como “muito ruim” o resultado da eleição de 2008, quando foi candidata contra o atual governador Beto Richa (PSDB), reeleito então para a prefeitura de Curitiba.

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O PT tem três pré-candidatos: o deputado federal Ângelo Vanhoni, que resiste em se apresentar como pretendente, o deputado federal Dr. Rosinha e o deputado estadual Tadeu Veneri.

Sobre a construção de uma aliança agora para garantir o apoio do pedetista para a eleição de 2014, quando o PT planeja lançá-la à disputa para o governo, Gleisi disse que a discussão não foi feita e que a eleição do próximo ano influencia a sucessão estadual, mas não é determinante. “A eleição de prefeitos por si só não determina o resultado da próxima eleição. O que determina é o trabalho que fizermos”, disse.

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PMDB é aliado?

A adesão da bancada estadual do PMDB à bancada governista não afasta o partido das discussões sobre uma composição em Curitiba para as eleições do próximo ano e nem para a disputa de 2014. “Estamos apostando no diálogo. O PMDB está alinhado conosco nacionalmente. Em Curitiba, fizemos muitas campanhas juntos e temos uma história de alianças”, afirmou.

Para a ministra, a aproximação da bancada com o governador Beto Richa (PSDB) não tem impacto nas alianças municipais. “Independente do apoio deles ao governo do Estado, em vários municípios, o PMDB e o PT vão estar juntos nas próximas eleições”, comentou Gleisi.