A presidente do PT do Paraná, Gleisi Hoffmann, avaliou como agressivo o anúncio de desligamento partidário feito pelo senador petista Flávio Arns, na última quarta-feira, em Brasília.

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De acordo com ela, o mesmo ato feito pela ex-senadora Marina Silva, também do PT, não agrediu tanto o partido. Ela disse ainda, ter interesse em disputar uma vaga no Senado no ano que vem. Se Arns realmente sair do PT, quem assume a vaga é a primeira suplente: Danimar Cristina Pereira da Silva.

Gleisi disse que “essa foi uma atitude coerente com o discurso que tem há mais de dois anos. Ele tinha suas críticas, questionamentos e atitudes que sempre respeitamos. Mas fiquei chateada e triste pelo tom do discurso feito por Arns. Uma coisa é ter questionamento da orientação do partido frente o Senado, outra é dizer que se envergonha de estar no PT”.

Gleisi disse ainda que o companheiro de partido não respeitou os 30 anos de história do PT. “Temos problemas, claro, mas tudo isso é muito pequeno frente aos pontos positivos do PT. Gostaria que o anúncio fosse feito de forma diferente”, disse.

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Ela acha que o discurso de Arns não prejudica a imagem do PT. Para ela, o partido passou por outras discussões polemicas antes. “Essa é uma questão difícil de analisar, mas já enfrentamos situações muito complicadas como a crise do mensalão. Por isso não penso que as pessoas verão o PT com outros olhos a partir do voto a favor do arquivamento das denúncias contra José Sarney”, diz.

Sobre o mandato em caso de renúncia do petista, Gleisi afirmou que a direção nacional do partido ainda não passou uma posição sobre o assunto. “A única questão que tenho certeza é que o mesmo que acontecer com Marina Silva deverá acontecer com Arns. Trata-se de uma questão de igualdade”, compara.

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