O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, disse hoje que aceita o “mea-culpa” feito por políticos do PT, como o líder no Senado Aloizio Mercadante, por terem criticado de forma áspera sua indicação para o STF em abril de 2002.
“Eu aceito as desculpas, porque (as críticas) foram desleais mesmo. Não só fizeram acusações indevidas, como também usaram o Ministério Público e produziram as ações de improbidade, não só em relação a mim, mas a vários integrantes do governo Fernando Henrique. É fundamental que eles discutam o tipo de oposição que fizeram para que o Brasil crie um novo padrão civilizatório”, disse.
O ministro não quis comentar o fato de o advogado-geral da União (AGU), José Antonio Dias Toffoli, indicado para a para a vaga aberta com a morte do ministro Carlos Alberto Direito, ter sido reprovado em dois concursos para juiz.
“Não vou emitir juízo sobre isto. Depois disto, ele teve a sua evolução profissional, foi subchefe da Casa Civil, foi advogado do próprio Partido dos Trabalhadores e atuou como advogado-geral da União. Está tendo uma atuação adequada, transparente. Então é uma discussão bastante complicada”, explicou, ao sair da sessão em que encerrou a Semana de Conciliação do Judiciário.