Ex-ministro

Gilberto Gil sai satisfeito do Ministério da Cultura

Depois de anunciar sua saída do Ministério da Cultura, Gilberto Gil disse que deixa a pasta satisfeito, mas reclamou de não ter conseguido um orçamento maior. Ele também anunciou que o secretário-executivo da pasta, Juca Ferreira, deve substitui-lo no cargo.

“A gente poderia ter chegado a um orçamento mais generoso no Ministério da Cultura. As dificuldades todas com as contas governamentais, o superávit e essas coisas todas conhecidas de todo mundo fizeram com que não atingíssemos a meta de 1% [do orçamento da União] desejado por nós, trabalhado por nós e recomendado pela Unesco”, disse, ao ser questionado sobre quais eram suas conquistas e frustrações frente do ministério.

Para Gil, alguns programas da pasta devem deslanchar nos próximos anos e citou como exemplos o Plano Nacional de Cultura e o Sistema Nacional de Cultura. “A minha sensação sobre o ministério é a melhor possível”, afirmou, acrescentando que se afasta com “ar de saudade”.

De acordo com Gil, Juca Ferreira deve ficar em seu lugar interinamente até a volta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva da China, na primeira semana de agosto. Assim que Lula retornar, informou Gil, o secretário-executivo deve ser efetivado no comando do ministério. “A intenção do presidente é efetivá-lo”, afirmou, durante entrevista, no Palácio do Planalto

Gil disse que pediu demissão para poder se dedicar mais carreira de cantor e família. Segundo ele, nos últimos dois anos, sua agenda de shows e compromissos se intensificou, o que dificultou a conciliação com as atividades de ministro.

“Aquela dose inicial, que eu previ trabalhar de 80% do tempo para o ministério e 20% para a atividade artística, foi se desequilibrando um pouco”, justificou, completando que além dos 30 dias de férias pediu ao presidente mais 40 dias de licença.

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