Eduardo Gianetti da Fonseca, um dos economistas que coordenam os projetos do presidenciável do PSB, Eduardo Campos, disse nesta terça-feira, 13, durante apresentação no congresso do setor do varejo Brasilshop, em São Paulo, que o País “vive um retrocesso” em relação ao controle da inflação, com o represamento de preços administrados pelo governo.

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“Se descontarem esse artificialismo (do controle de preços), a inflação brasileira hoje está acima da meta, rodando em torno de 7% a 7,5% ao ano, o que mostra que não estamos cumprindo o sistemas de metas e estamos estimulando a inflação futura”, disse.

O economista apontou ainda que, nos últimos anos, o crescimento da economia brasileira caiu a uma taxa média de 2% ao ano, quando na primeira década dos anos 2000 o PIB conseguiu crescer à média de 4% ao ano. Segundo Gianetti, o governo Dilma Rousseff vai encerrar com a menor taxa de crescimento do período republicano, à exceção das gestões de Fernando Collor de Mello e Floriano Peixoto.

Outro foco de crítica do economista foi o déficit em transações correntes do Brasil. “O mundo está transferindo para cá recursos, poupança externa, esse investimento deveria estar se traduzindo em crescimento.”

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Segundo Gianetti, esses são os três principais pontos que levam a sua leitura pessimista do atual cenário econômico brasileiro, uma posição que considera compartilhar com diversos agentes econômicos hoje. Na mesma linha do discurso apresentado por Eduardo Campos, o economista disse que “o Brasil viveu um bom momento, que não se sustentou, e hoje temos uma situação de ‘copo meio vazio’ e, pior, que vai se esvaziando”.