O economista José Márcio Camargo, sócio da Opus e principal assessor da área econômica do candidato do MDB à presidência da República, Henrique Meirelles, disse que a gestora ainda não tem informações detalhadas sobre o que está sendo investigado na operação Hashtag, deflagrada na manhã desta sexta-feira, 3, pela Polícia Federal. Mesmo assim, ele contou já ter falado com Meirelles. Os dois combinaram de conversar, à medida que a situação fique mais clara, para avaliar se afeta a campanha.
Na operação, a PF prendeu dois dos sete sócios de Camargo na gestora: o banqueiro Eduardo Plass e Maria Ripper Kos.
A avaliação de Camargo é que as investigações estão focadas no TAG Bank, banco com sede no Panamá, do qual Plass também é sócio. Com isso, ele espera que a Opus, que administra apenas fundos fechados, não tenha maiores problemas. Mesmo assim, deixou clara a necessidade de acompanhar o desenrolar do caso.
“São duas empresas separadas (TAG Bank e Opus). O Plass é sócio das duas, mas a impressão inicial é que as investigações estão direcionadas à empresa no exterior”, disse, frisando que, como a gestora trabalha apenas com fundos exclusivo, não há maiores preocupações com a reação imediata dos clientes.
“Vamos esperar a situação ficar mais clara. Até agora, pelo que vimos, tem a ver com o TAG Bank e não com a Opus”, declarou o economista, que é responsável pela área de análise da gestora e trabalha no desenvolvimento do programa de Meirelles, cuja candidatura foi confirmada na quinta-feira, 3, na convenção do MDB.