O ministro da Justiça, Tarso Genro, disse hoje torcer para que a CPI da Petrobrás seja “técnica, profunda e séria” e não “seja um palco iluminado para fazer bravata eleitoral”. Genro, que recebeu o título de Cidadão Honorário do Rio de Janeiro, na Câmara de Vereadores da capital, afirmou que esta deve ser uma CPI “para não prejudicar a Petrobrás, que é uma empresa importantíssima para o País” e que tem tido um papel fundamental no processo de resistência à crise.

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“Acho que (a CPI) é um adiantamento do ambiente eleitoral. A Petrobras é uma empresa que deve ser protegida. Se tem alguma irregularidade, tem que apurar tecnicamente. Transformar isso numa questão política é um desserviço ao País. Uma empresa como a Petrobrás deve ser fortalecida por todos os partidos. A Petrobrás não é do PT, nem do governo, é do Estado brasileiro”, defendeu.

Sobre sua pré-candidatura ao governo do Rio Grande do Sul, Genro disse ainda que não há desentendimento com o presidente do partido, Ricardo Berzoini, e que vai cumprir o calendário instituído pela direção estadual do PT que quer ter, até julho, a definição do candidato. Berzoini se esforça para unificar os palanques com o PMDB em apoio à campanha da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) à sucessão presidencial, mas o Rio Grande do Sul deve fugir do alinhamento.

“Em relação ao alinhamento (do PT com o PMDB), nós não podemos esquecer que os espaços regionais têm uma lógica própria, uma lógica que foge da presença nacional dos partidos. No Rio Grande do Sul, o PMDB sempre patrocinou as coalizões de centro-direita, sendo hostil ao PT, e isso impede que haja uma coalizão no Estado. Mas isso não é demérito do PMDB, que é nosso aliado no Rio de Janeiro, em vários Estados, e ainda em várias cidades do Rio Grande do Sul, onde o PMDB é mais progressista, mais avançado”.

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