Depois do escândalo do mau uso dos cartões de crédito corporativo do governo, a despesa começou a despencar. Durante todo o ano passado, o uso do dinheiro de plástico totalizou R$ 76,2 milhões, média mensal de R$ 6,35 milhões. Agora, do início deste ano a 31 de maio, houve queda vertiginosa: foram R$ 17, 8 milhões, uma média mensal de R$ 3,57 milhões. Houve queda de R$ 2,8 milhões ou 44%.

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Na prática, as descobertas da má aplicação do cartão fizeram com que seus usuários freassem as compras e, sobretudo, os saques em dinheiro vivo, feitos por esse mecanismo. Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo revelou em janeiro a farra que estava sendo feita no governo com esse instrumento, destinado a dar praticidade e transparência às compras mais imediatas de cada órgão do governo.

A reportagem mostrou a explosão de gastos e exageros cometidos até por ministros, como Matilde Ribeiro, da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial. Somente em 2007, a então ministra fez compras superiores a R$ 171 mil com seu cartão corporativo, incluindo cerca de R$ 110 mil com aluguéis de carro. A gota d’água foi a descoberta de um gasto de R$ 461,16 em free shop. Desgastada, ela pediu demissão e o governo baixou normas endurecendo as regras para uso do cartão.

O governo reconhece a redução dessas despesas nos primeiros meses do ano, mas não associa essa queda diretamente à cautela dos servidores com direito ao dinheiro de plástico.

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