O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu hoje os investimentos em melhoria da qualidade de vida para a camada mais pobre da população, e ressaltou avanços do seu governo em relação ao anterior, principalmente em áreas como a do saneamento básico. “Quando cheguei ao governo, o País tinha investido só R$ 262 milhões em saneamento básico em todo o território nacional”, disse em palestra na Convenção Mobilidade Sustentada na Renovação Urbana, realizada esta tarde na Zona Sul do Rio.

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“Habitualmente os governantes desse País não gostam de gastar dinheiro com saneamento básico, porque é uma obra que não aparece”, disse Lula, afirmando que no seu governo esta realidade mudou. De acordo com o presidente, o governo vai continuar investindo em infraestrutura, apesar das críticas de aumento de gastos.

“No Brasil, o único objetivo era acumular dinheiro para o superávit primário. Obviamente não queremos abrir mão da responsabilidade fiscal. Queremos gastar só o que temos. Mas precisamos compreender que o investimento na mobilidade urbana significa melhoria na vida das pessoas.”

Segundo o presidente, o governo vai apresentar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), de 2011 a 2015, mesmo estando próximo do final de seu mandato, porque “é preciso comprometer o orçamento para os governantes seguintes nestes segmentos”.

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Lula também criticou a teoria de defesa de redução do papel do Estado, que vigorou na década passada: “Nos anos 90, a teoria do Estado mínimo enfraqueceu o planejamento público”. Ele acrescentou que na América Latina, nas décadas de 80 e 90, os estados adotaram como definição filosófica e ideológica o Estado mínimo, em que a iniciativa privada resolveria os problemas. “Isso levou a que colocassem asfaltos na cidades sem antes construir manilhas para esgoto”, disse.