Ao discursar no 7.º Fórum Empresarial de Comandatuba (BA), que tem como tema a educação pública, o presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), aproveitou para, na frente de uma platéia de cerca de 320 empresários, criticar o governo federal. "Como o governo não está resolvendo o problema da educação, os empresários estão aqui, fazendo as parcerias necessárias", afirmou.
Garibaldi lamentou o excesso de medidas provisórias editadas pelo governo federal expede – "estão acorrentando o Congresso" – e propôs a criação de uma CPI da Educação. "A gente fica debatendo mensalão, debatendo mensalinho, mas o que se devia fazer era criar uma CPI para a Educação, para levar o tema a um debate profundo no Congresso", disse, arrancando aplausos – e risos – da platéia. "Faríamos um debate positivo, tanto para ver o que funciona como para colocar os ‘réus da educação’, os responsáveis pelo que não funciona para depor."
O senador ainda cometeu uma gafe, ao chamar o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) de ministro. "Desculpe, o senhor ainda é presidente da Câmara, mas pode vir a ser ministro", emendou.
A sétima edição do Fórum Empresarial, evento organizado pelo Lide – Grupo de Líderes Empresariais, reúne até amanhã empresários e presidentes de multinacionais, dois ministros – Orlando Silva, do Esporte, e Fernando Haddad, da Educação -, oito governadores (AL, BA, PB, PE, PI, RR, RS, SC e SE) e diversos outros políticos no Hotel Transamérica, na Ilha de Comandatuba, município de Una, a 552 quilômetros ao sul de Salvador.