Garibaldi considera que nova CPI está fadada a não ter êxito

O presidente do Senado Federal, Garibaldi Alves Filho, disse, em São Paulo, que a radicalização vista na comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) que investiga gastos de integrantes do governo federal com cartões corporativos deverá permanecer na comissão parlamentar de inquérito (CPI) criada exclusivamente no Senado para investigar o mesmo assunto. Ele enfatizou que a correlação de forças entre governo e oposição é a mesma nas duas comissões e que a radicalização observada na CPI mista, composta por deputados e senadores, enquanto a CPI será integrada apenas pelos últimos, a torna fadada a não ter bom êxito.

Em entrevista a jornalistas antes de um almoço com pequenos e médios empresários na capital paulista, Garibaldi lembrou seu esforço para que o Congresso Nacional trabalhasse apenas com uma CPI, mas a radicalização entre governo e oposição levou os parlamentares a optarem pela instalação de duas comissões de inquérito sobre o mesmo assunto. À Agência Senado, sua assessoria informou que, na entrevista, o presidente previu que a queda-de-braço entre as duas facções continuará.

Garibaldi afirmou novamente que a instalação das duas comissões trará um desgaste ainda maior ao Congresso Nacional, cuja imagem já está bastante abalada perante a opinião pública. Disse aos repórteres que o Congresso, e particularmente o Senado, não merecem passar por essa situação.

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