O presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), admitiu nesta segunda-feira (12), pela primeira vez, que poderá desistir de disputar a reeleição para continuar no comando do Senado caso a bancada do PMDB se reúna e peça para ele abrir mão da disputa. “O PMDB me lançou. Foram 17 senadores da bancada e mais outros dois, somando 19. Se esses 19 me pedirem para desistir, aí tenho que atender. Se a bancada pedir, abro mão. Não sou candidato de mim mesmo”, disse.
Garibaldi desembarcou hoje em Brasília em meio às especulações de que o senador José Sarney (PMDB-AP) irá se encontrar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e poderá confirmar sua candidatura à presidência do Senado. Garibaldi telefonou para Sarney, mas não avançou na conversa, uma vez que o ex-presidente disse estar muito gripado. “Não perguntei se ele seria candidato porque respeitei a gripe dele”, observou.
O presidente do Senado conversou ainda ao telefone com o senador petista Tião Viana (AC), também candidato ao cargo, que teria 52 votos. “Eu já passei disso. Ninguém está mentindo. Os senadores são generosos”, brincou Garibaldi. Apesar das informações dando conta de que o presidente Lula participará das articulações em torno da sucessão no Senado, Garibaldi acrescentou: “O presidente Lula pode ter a preferência dele, mas não acredito que ele vá interferir”.
Apesar de admitir a possibilidade de atender a um apelo da bancada do seu partido para não disputar as eleições do Senado, Garibaldi insistiu em dizer que, em toda a sua trajetória política, nunca desistiu no meio de uma candidatura. “Fui candidato 11 vezes e só perdi uma. Quero saber quem me colocará para correr. Será o Tião Viana, será o Sarney?”, perguntou.