O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em Londrina anunciou na tarde de ontem que 109 pessoas serão indiciadas por corrupção passiva e tributária e formação de quadrilha. A medida faz parte da segunda fase da Operação Publicano, que terá inquérito concluído hoje.
De acordo com o delegado Alan Flore, 59 auditores, advogados e contadores que tiveram mandado de prisão expedido já foram indiciados. Até hoje, serão indiciados 50 empresários. “Realmente é um numero bastante expressivo. São dezenas de fatos que motivaram os indiciamentos de auditores e dos empresários envolvidos na cooptação de agentes públicos”, afirmou.
A Operação Publicano, deflagrada no início deste ano pelo Gaeco, investiga um suposto esquema que favorecia a sonegação fiscal em troca de propina. Auditores fiscais procurariam grandes devedores de impostos estaduais e ofereceriam o cancelamento ou a amortização do débito mediante propina.
Soltos
Oito auditores fiscais, presos durante a segunda fase da Operação Publicano, foram soltos ontem em Londrina, no norte do estado. Eles conseguiram habeas corpus no Supremo Tribunal de Justiça (STJ) na quarta-feira.
Marco Antônio Bueno, Gilberto Favato, Laércio Rossi, Milton Antonio Digiácomo, Sérgio Paulo Quaresma, Jaime Nakano, Lídio Franco Samways Júnior e Clóvis Rogge estavam presos desde o dia 10 de junho na unidade dois da Penitenciária Estadual de Londrina (PEL II).
O auditor fiscal José Luiz Favoretto também conseguiu habeas corpus, mas seguirá preso por ser acusado em outro processo, envolvendo exploração sexual de menores. Ele está preso na PEL II desde o dia 14 de fevereiro. (Com informações de Marcelo Frazão, do Jornal de Londrina)
