Gabrielli ganha força para ficar na Petrobras

O governo sinalizou ontem que o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, permanecerá à frente da estatal no governo Dilma Rousseff. Ministros influentes afirmaram que são remotas as chances de mudança no comando da empresa. Na noite de terça-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva encontrou-se com a sucessora, Dilma Rousseff, na residência oficial do Alvorada, para discutir nomes do primeiro escalão e dos comandos das estatais no próximo governo. Pela manhã, a presidente eleita telefonou para o futuro vice-presidente, Michel Temer, do PMDB, para informar que anunciará no dia 15 a lista do novo ministério.

Preocupado em manter a imagem de distanciamento em relação ao próximo governo, Lula se limitou a dizer, em entrevista à imprensa, que Gabrielli será presidente da Petrobras pelo menos até 31 de dezembro, quando ele próprio deixa o Planalto. Gabrielli desembarcou ontem cedo em Brasília. Do aeroporto, ele seguiu direto para um encontro com Lula no Planalto.

Um dos ministros ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo disse que as antigas divergências de Gabrielli com Dilma já estão superadas. “Ele (Gabrielli) lidera, com muita competência, o processo de expansão da Petrobrás”, afirmou o ministro. “É respeitado no País e no exterior”, completou. “Para que mexer?”

Gabrielli, segundo o auxiliar do presidente, recebeu elogios do mercado ao defender de forma “dura” os interesses da Petrobras no novo modelo de exploração de óleo da camada pré-sal. A estatal tornou-se detentora de 30% dos pontos de exploração e a única operadora. Na avaliação de outro ministro, é remota a possibilidade de Gabrielli assumir um cargo no governo de Jaques Wagner, na Bahia, com intenções futuras de disputa eleitoral.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna