O senador Olivir Gabardo (PSDB) usou ontem a tribuna para condenar o noticiário alarmista da imprensa estrangeira dando contas da presença de terroristas na Tríplice Fronteira, com reflexos negativos em Foz do Iguaçu e região. Para o senador, essas noticias vinculadas pela rede de televisão americana CNN são desprovidas de provas e devem merecer o repudio das autoridades diplomáticas brasileiras. Por isso ele fez um apelo ao Itamaraty para que desenvolva ações visando coibir este tipo de procedimento.
De acordo com o noticiário da CNN, membros de grupos radicais,entre eles a Al-Qaeda e o Hezbollah reuniram-se recentemente em Ciudad Del Leste, no Paraguai, para planejar ataques terroristas contra os Estados Unidos e Israel. Segundo Gabardo este noticiário não tem fundamento. Ele lamentou que uma rede de televisão do alcance da CNN tenha este padrão de procedimento irresponsável. O senador disse que nem o Departamento de Estado norte americano deu credito à informação.
“Portanto, frisou, só temos a lamentar que um noticiário alarmista e infundado venha mais uma vez prejudicar a região. Pelo conhecimento que tenho de Foz e da região, posso afiançar que ali não medra a semente do terrorismo. Trata-se de uma terra de todas as gentes, que abriga imigrantes de varias partes do mundo, professando as mais diversas religiões -católica, ortodoxa, evangélica e muçulmana – convivendo harmonicamente, num cenário de paz, confraternização e trabalho”.
Para Gabardo, “estes estrangeiros que ali vivem pacificamente dão contribuição ao desenvolvimento do Paraná e, por isso mesmo, não há como entender que a imprensa internacional e, muitas vezes, a brasileira também, abram espaço para este tipo de noticiário que prejudica, não somente Foz do Iguaçu, mas toda a região. Os hotéis ficam vazios, os aviões ociosos e o cenário de beleza, que são as cataratas, deixa de receber milhares de turistas, que contribuem para o equilíbrio da economia local”.
O senador tucano fez referencias também a ação do Ministério Publico do Paraná que, na pessoa do promotor Luiz Francisco Marchioratto, despachou ofícios aos escritórios brasileiros da rede de tv CNN, interpelando aquela organização de mídia quanto às provas do seu noticiário.
