Futuro dos tucanos pode estar ao lado de Requião

Depois de um dia inteiro de conversas em Brasília, anteontem, o presidente estadual do PSDB, Valdir Rossoni, voltou dizendo que o partido está aberto a todas as possibilidades, da candidatura própria a uma aliança com o PMDB, para garantir um palanque forte para a candidatura do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, nas eleições de outubro. Mas que tudo irá se definir nos primeiros dias de abril, não podendo ultrapassar esse prazo, destacou.

 Rossoni reuniu-se com o senador Alvaro Dias, que disse estar decidido a disputar a vaga ao Senado. E com o senador Osmar Dias (PDT) que, depois da manutenção da regra da verticalização, depende da posição nacional do partido sobre lançar ou não uma candidatura a presidente da República, para decidir seu futuro eleitoral. Se o PDT bater o martelo e lançar um candidato à sucessão do presidente Lula (PT), a aliança estadual com o PSDB está fora de questão, por força da norma que proíbe o partido de fazer alianças estaduais diferentes das nacionais.

As conversas de Rossoni foram acompanhadas pelo deputados federais do partido, entre eles, Gustavo Fruet, que está sendo apontado como alternativa de candidatura própria. Mas pode ser também que a direção nacional do PSDB costure o apoio do PMDB a Alckmin e, nesse caso, Rossoni disse que tudo pode acontecer no Paraná, incluindo o apoio dos tucanos paranaenses à reeleição do governador Roberto Requião.

Se há algumas semanas, o presidente estadual do PSDB condenava a simples possibilidade de uma aliança entre os dois partidos, ontem seu discurso estava mais flexível. "Se o partido decidir uma posição contrária à minha vontade, vou ter que me submeter. A prioridade é a candidatura presidencial", afirmou.

Preferência

Álvaro disse a Rossoni que dá a preferência da candidatura ao Palácio Iguaçu ao irmão Osmar. Mas o pedetista, por sua vez, afirmou a Rossoni que a verticalização impediria que assumisse um compromisso de candidatura. "Ele nos disse que a grande dificuldade é colocar a candidatura e o PDT inviabilizar", relatou o dirigente tucano.

Mas o PSDB não pretende aguardar por muito tempo uma decisão de Osmar e Alvaro. O presidente estadual do diretório tucano disse que, a partir da metade de abril, o partido precisa definir seu palanque. "Não temos direito a fixar prazos para ninguém. Mas em meados de abril, se tiverem definido, ótimo. Se não, temos que pensar no partido e abrir o leque de negociações novamente".

Rossoni observou que se a opção for pela candidatura do deputado Gustavo Fruet, o PSDB não pode esperar até junho para decidir. "Nós precisamos de mais tempo para trabalhar o nome dele. Não podemos esperar o Alvaro e o Osmar até junho", afirmou. O presidente estadual tucano comentou que a preocupação é ter um palanque para o candidato a presidente. "Precisamos de um bom candidato ao governo, nem precisa estar na frente nas pesquisas. É só ter chance de crescimento", afirmou Rossoni.

Defensor da aliança com o PMDB e citado como um dos nomes que pode ser indicado para candidato a vice-governador de Requião, o deputado estadual Hermas Brandão afirmou que as costuras devem ser feitas pelo pré-candidato a presidente do seu partido. A direção estadual está organizando um encontro de prefeitos tucanos em Curitiba para trazer Alckmin ao Paraná. 

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