Após a morte de Teori Zavascki, o futuro dos três juízes que auxiliavam o ministro na condução dos processos da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal é incerto dentro da Corte. Os cargos, de confiança, são uma escolha pessoal de cada ministro do Supremo.

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Não há, portanto, nenhuma garantia de que eles permaneçam na condução do caso. Os três juízes-auxiliares de Teori – Márcio Schiefler Fontes, Paulo Marcos de Farias e Hugo Sinvaldo Silva da Gama Filho – são considerados figuras-chave no âmbito das investigações, porque são os nomes que acompanhavam mais de perto os andamentos dos inquéritos depois de Teori.

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O trio havia suspendido as férias a pedido do ministro para dar mais celeridade ao processo de homologação das delações dos 77 executivos da Odebrecht. Teori havia delegado a eles, por exemplo, a tarefa de começar a realizar esta semana as audiências com os executivos para confirmar os depoimentos recolhidos pelo Ministério Público Federal. Após a confirmação da morte do ministro, a diligência foi cancelada.

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Apesar de estar longe de Brasília, Teori manteve contato permanente com seus auxiliares. Foram eles que souberam que havia ocorrido um acidente no trajeto que seria percorrido pelo ministro e comunicaram a presidente do STF, Cármen Lúcia, de que algo poderia ter acontecido com Teori, porque ele não estava atendendo às ligações.

Segundo assessores da Corte, Cármen Lúcia poderia endossar a ordem de Teori e autorizar os juízes a dar continuidade à homologação das delações da empreiteira. Na quinta, a ministra disse que ainda não tinha estudado o que fazer com os processos da Lava Jato.

Gabinete

Por conta do volume de trabalho da Lava Jato, Teori decidiu, no ano passado, convocar mais um juiz para auxiliá-lo na condução dos processos. Normalmente, os ministros têm direito a apenas dois juízes. No ano passado, antes do início do recesso do Judiciário, Teori fez um balanço da tramitação das ações e garantiu que, apesar das críticas à lentidão na Corte, o seu trabalho estava andando bem e não havia “nada atrasado”.

Atualmente, cerca de 30 pessoas trabalham no gabinete de Teori. A maioria dos funcionários é servidor público concursado. Quando um novo ministro chega a Corte, ele tem a prerrogativa de montar a sua equipe, escolhendo não somente quem serão os seus juízes auxiliares, mas também quem vai ocupar a chefia do gabinete e as demais funções.