Funcionários da Seab protestam na Assembléia

Um grupo de funcionários da Secretaria Estadual da Agricultura, Meio Ambiente, Fundepar e outros órgaos fez um protesto ontem na Assembléia Legislativa pedindo o apoio da Casa para continuar as negociações com o governo. Entre as exigências da categoria, está o reajuste salarial de 91,80% e a realização de concurso público.

Segundo a presidente do Sindi/Sead (Sindicato Estadual dos Servidores Públicos da Agricultura, Meio Ambiente, Fundepar e Afins), Norma Ferrari, os funcionários não tiveram reajuste nos últimos oito anos de administração do governo Jaime Lerner, por isto querem reajuste de 91,80%, índice que foi calculado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

Norma também afirma que há distorções no Quadro Próprio do Poder Executivo. Funcionários com a mesma qualificação acabam ganhando salários diferenciados. “Queremos corrigir isto”, diz. Além disto, quando o plano foi aplicado em julho de 2002 servidores com Ensino Médio e outras categorias, incluindo os aposentados não tiveram nenhum benefício salarial.

A realização de concurso também faz parte da pauta dos servidores. Norma não sabe precisar quantas pessoas trabalham por contrato ou possuem cargos comissionados, mas afirma que é um número bem expressivo. “Lerner desmantelou o serviço público”, afirma. Eles exigem ainda o pagamento de precatórios e uma política de gestão Pessoal, com gratificações por insalubridade, periculosidade, e ainda pagamento de horas extras.

Norma explica que o sindicato já se reuniu com secretários das respectivas categorias e todos se mostraram sensíveis aos problemas dos servidores.

Servidor terá novo mínimo

O governo do Estado pretende fixar um salário mínimo diferenciado no Paraná para beneficiar servidores públicos estaduais que têm vencimento inferior ao salário mínimo nacional. Segundo o Palácio Iguaçu, 11.606 funcionários estaduais se encontram nessa situação. “Como é proibido a qualquer trabalhador brasileiro receber menos que o mínimo, o governo do Estado vem complementando mensalmente o salário de uma boa parcela de servidores”, afirmou.

Para legalizar a situação desses servidores, que o governo atual atribui à administração de Jaime Lerner (PFL), o Palácio Iguaçu garantiu o mínimo de R$ 240,00 e acrescentou um adicional de 5% a cada 5 anos de trabalho.

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