A Fundação Nacional de Saúde (Funasa) decidiu manter contrato com empresa CHC Táxi Aéreo apesar das irregularidades apontadas pela Polícia Federal durante investigações da operação Hygeia, deflagrada na quarta-feira (7). O proprietário da empresa, Francisco Salvador, continua preso.
Ontem, o juiz federal José Pires Cunha prorrogou a prisão dele e de mais 25 pessoas acusadas de fraudes contra a Funasa. O Procurador da República em Mato Grosso, Mário Lúcio Avelar, acredita que a prorrogação é necessária porque soltos, os acusados podem coagir possíveis testemunhas.
Dentre essas pessoas estão três ex-coordenadores da Funasa, o tesoureiro e o secretário-geral do PMDB em Mato Grosso, um assessor do deputado federal Carlos Bezerra, os presidentes das Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscips) Idheas e Instituto Creatio, o ex-prefeito de Santo Antonio do Leverger (MT) e o seu secretário de Finanças.
A operação Hygeia desmontou um esquema de fraudes e desvio de recursos federais envolvendo empresários, agentes de viagens, lobistas, ex-prefeitos, ex-secretários, servidores da Funasa e membros das Oscips, que podem ter provocado prejuízos superiores a R$ 200 milhões. Dentre as irregularidades constam licitações viciadas, superfaturamento de obras e cobranças de serviços não executados.