Lançado candidato ao Senado pelo mesmo grupo que propôs a candidatura do prefeito Beto Richa (PSDB) ao governo do Estado em 2010, o deputado federal Gustavo Fruet considera inevitável que surjam especulações sobre o futuro.
“Essa tem sido a campanha da situação em todo o país. Os prefeitos com boa avaliação estão fazendo o sucessor ou se reelegendo, com ou sem apoio externo. O fato de o Beto estar muito bem o coloca, inevitavelmente, na disputa em 2010”, avaliou Gustavo.
Mas as composições e candidaturas de 2010 serão determinadas por muitas variáveis, alertou o deputado. “Nós precisamos ver se o Beto mantém os índices de aprovação. Como é que ficaria a sucessão na prefeitura caso ele fosse disputar o governo. Os fatores são muitos”, disse o deputado federal tucano, acrescentando que a conjuntura nacional também irá influenciar na posição do PSDB na disputa para o governo em 2010.
Uma dessas situações é o resultado da eleição em São Paulo e seus desdobramentos internos do PSDB para a sucessão presidencial, apontou Gustavo. “A situação em São Paulo terá reflexos na relação com o DEM. Como é que vai ficar esse diálogo em 2010? É uma variável a ser considerada”, analisou Gustavo.
Se o governador de São Paulo, José Serra, for candidato à presidência da República, qual será a posição do PDT que atualmente é base aliada do governo Lula (PT), questiona Gustavo.
“A tendência é de uma aproximação do PDT com o PT e isto tem reflexos no Estado”, analisou o deputado tucano, citando que muitos cenários são possíveis. “E se o candidato for o Aécio Neves (governador de Minas Gerais). Como é que fica? Tudo pode ser alterado”, reflete Gustavo.
Não se pode esquecer ainda que as definições também são dadas pelas condições dos adversários, citou o tucano. “O governador (Roberto Requião) vai ser candidato ao Senado e quem ele vai lançar na sucessão são questões que também atuam no processo. E o PT, como é que o partido vai sair dessa eleição no Paraná? Essas respostas são importantes para as estratégias futuras”, ponderou.