Na contramão da ala que se adiantou na busca de um nome de candidato próprio para a sucessão estadual de 2006, o vice-presidente estadual do PFL, deputado Durval Amaral, considera "irreversível" o lançamento de uma frente de oposição encabeçada pelo PDT. "Independente de haver ou não a verticalização das coligações, a candidatura do senador Osmar Dias é inevitável pelos compromissos que já foram assumidos", disse Amaral.
Na avaliação do pefelista, mesmo que permaneça a obrigação de os partidos reproduzirem nos estados as mesmas alianças nacionais, o senador pedetista tem uma carta na manga que seria convencer a direção nacional do seu partido a não lançar candidato. Para Amaral, o trunfo do senador está na cláusula de barreira, que exige dos partidos 5% dos votos no território nacional para continuarem a existir no parlamento a partir de 2006. "A candidatura do Osmar no Paraná pode contribuir para que o partido alcance este percentual no País. Esta é a moeda de troca e não é pouca coisa porque representa a possibilidade de sobrevivência do partido", avaliou.
Amaral afirmou ainda que o PFL pode estar junto com o PDT, independente de o PSDB integrar a frente que vem sendo negociada desde o ano passado. "O PSDB pode estar junto ou não", disse o deputado pefelista, afirmando que o projeto original da frente pode sofrer transformações, mas que, a menos que o PFL tenha candidato à presidência da República e seja engessado pela verticalização, o PFL mantém o projeto.
O pefelista não acredita que Osmar vá sucumbir às dificuldades na formação de uma aliança para sustentar sua candidatura. "Se ele recuar, irá criar um abismo entre ele e a expectativa do eleitor paranaense", opinou.